O problema agrava-se com o aumento dos preços dos bens e das rendas da habitação, resultando num sufoco enorme para as famílias endividadas.
As subidas dos indexantes estão diretamente relacionadas com a necessidade de controlar o forte crescimento da inflação pelo Banco Central Europeu, através do mecanismo da subida das taxas diretoras. Segundo o BCE, é imperativo reduzir a inflação do espaço do Euro para 2%. O problema é que as subidas dos juros exigem o sacrifício de todos os que têm créditos à habitação porque veem as suas prestações a escalar para valores incomportáveis.
Sem fim à vista, esta “pandemia” de aumento de despesas, levanta questões:
- Terei dinheiro para pagar a próxima prestação?
- Ficarei sem a minha casa?
- Como posso alimentar os meus filhos, pagar a casa e continuar a viver?
Nos últimos meses, têm sido tomadas algumas medidas para evitar o colapso das famílias e, também para que as casas não sejam entregues aos bancos. Destaco:
- IVA 0% para determinados bens;
- Suspensão da comissão de reembolso antecipado das amortizações dos créditos habitação;
- Redução dos encargos de mutuários com taxas de esforço elevadas com novo regime de bonificação de juros
E num futuro próximo:
- Reforço da já existente bonificação temporária de juros
- Redução e estabilização as prestações “congelando” durante dois anos parte dos juros a pagar aos bancos pagando depois
Todos as medidas visam estabilizar os orçamentos familiares no curto prazo, mas ainda não existem medidas para o longo prazo para melhorar a vida dos portugueses.
No momento, e para mitigar os aumentos dos juros, sugiro a transferência dos créditos à habitação para outros bancos com spread mais reduzido, a negociação dos prémios dos seguros fora dos bancos (claramente mais favoráveis), recorrendo sempre a pessoas experientes que sabem e conhecem as melhores soluções para cada caso, nomeadamente os intermediários de crédito que melhor que ninguém ajudam.